segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Shakespeare


Os que muito falam, pouco fazem de bom
[Shakespeare]

domingo, 23 de janeiro de 2011

Desenvolvimento Insustentável


Na próxima eleição não se esqueça...

...vote em quem cumpre o que promete.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Triste e Vergonhosa Realidade

Valores Atuais

Meta Inalcançável

Momento Mafalda

Mais Valia

sábado, 15 de janeiro de 2011

Idéia de Educação

Há muitos anos nos Estados Unidos, Virgínia e Maryland assinaram um tratado de paz com os Índios das Seis Nações. Ora, como as promessas e os símbolos da educação sempre foram muito adequados a momentos solenes como aquele, logo depois seus governantes mandaram cartas aos índios para que enviassem alguns de seus jovens às escolas dos brancos. Os chefes responderam agradecendo e recusando. A carta acabou conhecida porque alguns anos mais tarde Benjamin Franklin adotou o costume de divulgá-la aqui e ali. Eis o trecho que nos interessa da famosa carta.

“...Nós estamos convencidos, portanto, que os senhores desejam o bem para nós e agradecemos de todo o coração. Mas aqueles que são sábios reconhecem que diferentes nações têm concepções diferentes das coisas e, sendo assim, os senhores não ficarão ofendidos ao saber que a vossa idéia de educação não é a mesma que a nossa.

...Muitos dos nossos bravos guerreiros foram formados nas escolas do Norte e aprenderam toda a vossa ciência. Mas, quando eles voltavam para nós, eles eram maus corredores, ignorantes da vida da floresta e incapazes de suportarem o frio e a fome. Não sabiam como caçar o veado, matar o inimigo e construir uma cabana, e falavam a nossa língua muito mal. Eles eram, portanto, totalmente inúteis. Não serviam como guerreiros, como caçadores ou como conselheiros.

Ficamos extremamente agradecidos pela vossa oferta e, embora na possamos aceitá-la, para mostrar a nossa gratidão oferecemos aos nobres senhores de Virgínia que nos enviem alguns dos seus jovens, que lhe ensinaremos tudo o que sabemos e faremos, deles, homens.”

Texto extraído do livro "O que é Educação" de Carlos Rodrigues Brandão


Shakespeare


"Os sentimentos verdadeiros se manifestam

mais por atos do que palavras!"

Shakespeare

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Análise do filme "A ONDA"


O filme A ONDA mostra a história de um jovem professor que recebe a incumbência de lecionar Autocracia, mas como sua vontade era a de ensinar Anarquia ele passa a utilizar métodos diferenciados que despertam grande interesse e curiosidade em seus alunos. Ao debater sobre a Autocracia é colocada em questão o Nazismo/Anarquia e daí advém grande parte da tônica do filme.

Quando este contexto comparativo Autocrático/Nazista é colocado de maneira prática é então ensinado o “Ser governado por outro”, assim os alunos passam a assimilar melhor os ideais de tal governo. Neste processo didático muitos dos alunos absorvem de pronto (outros não) a ideologia que é colocada pelo professor que passa a representar e ter atitudes de um ditador, impondo regras, costumes e normas de disciplina a serem seguidas a risca. Isso faz com que alguns alunos se identifiquem com o mesmo ideal, formando um grupo heterogêneo mas unido. Outros alunos que demonstram não estar de acordo com tais métodos e pensamentos começam a se afastar do referido grupo por não seguir o mesmo ideal, não por opção, mas por imposição dos demais que não aceitam críticas ou oposição.

Esse grupo, ou movimento que se intitula de “A ONDA” e se caracteriza cada vez mais com os ideais propostos começa a ganhar força pelo grande contingente de pessoas que deseja fazer parte do movimento. Logo, se tornam um grupo xenofóbico, ou seja, um movimento preconceituoso, intolerante, cheio de aversão e profunda antipatia com quem não se torna membro (a) da supracitada comunidade.

Esse processo faz com que alguns alunos que tinham problemas familiares com os pais, sofriam com falta de atenção e indiferença, agora fazendo parte d’A ONDA recebam o que sempre buscaram: apoio, identidade, acolhida, valor e reconhecimento. Podemos ver que a falta da devida atenção dos pais para com os filhos e este desequilíbrio, produz na vida de um jovem o empobrecimento de valores morais e éticos, e que a falta do alicerce familiar pode levá-los a extremos caóticos. Não seria essa “falta de atenção” por parte dos pais o que leva os jovens de hoje a praticarem o bullying escolar? Como visto na história deste filme temos um jovem que ao não receber a atenção devida dos pais, logo se torna violento a ponto de andar armado e em uma discussão com outro jovem lhe aponta uma arma.

O professor mesmo tendo uma boa intenção ao estimular seus alunos diante de tal reflexão prática, logo é confrontado por um casal de alunos que ao premeditar o desvio de comportamento dos integrantes d’A ONDA tenta avisá-lo, mas mesmo com a tentativa do professor de mudar o pensamento e a convicção de seus alunos integrantes d’ A ONDA, já é tarde demais. O grupo perdeu seu objetivo fundante e agora se tornou uma ameaça para todos ao redor. As conseqüências são lastimáveis porque ao invés dos alunos aprenderem e evitarem o mal que tais atitudes carregam sobre si (fascismo, nazismo, etc.) acabaram por assimilar e praticar todo o mal que tal comportamento e ideologia podem causar.

Robson Ferreira
Referência:
CONSTANTIN Film. Direção: Dennis Gansel. Intérpretes: Jurgen Vogel;Frederick Lau; Jennifer Ulrich; Max Riemelt; Cristiane Paul e outros. Alemanha: Constantin Film, 2009. 1 DVD (106 min).


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Fome


Quando a última árvore tiver caído,
quando o último rio tiver secado,
quando o último peixe for pescado,
vocês vão entender que dinheiro não se come.

Greenpeace

domingo, 9 de janeiro de 2011

Geopolítica da Fome

“A humanidade se divide em dois grupos: O grupo dos que não comem e o grupo dos que não dormem com receio da revolta dos que não comem”

Josué de Castro, 1961, Geopolítica da Fome

A utilidade do que lá não está


Trinta raios convergem para o meio de uma roda
Mas é o buraco em que vai entrar o eixo que a torna útil.
Molda-se o barro para fazer um vaso;
É o espaço dentro dele que o torna útil.
Fazem-se portas e janelas para um quarto;
São os buracos que o tornam útil.
Por isso, a vantagem do que está lá
Assenta exclusivamente
na utilidade do que lá não está.

Tao Te Ching

sábado, 8 de janeiro de 2011

Você é Hands On ?

por Max Gehringer

Vi um anúncio de emprego. A vaga era de Gestor de Atendimento Interno, nome que agora se dá à Seção de Serviços Gerais. E a empresa exigia que os interessados possuíssem - sem contar a formação superior - liderança, criatividade, energia, ambição, conhecimentos de informática, fluência em inglês e não bastasse tudo isso, ainda fossem HANDS ON.

Para o felizardo que conseguisse convencer o entrevistador de que possuía essa variada gama de habilidades, o salário era de 800 reais. Ou seja, nenhuma fábula... Não que esse fosse algum exemplo fora da realidade. Ao contrário, é quase o paradigma dos enúncios de emprego. A abundância de candidatos permite que as empresas levantem cada vez mais a altura da barra que o postulante terá de saltar para ser admitido.

E muitos, de fato, saltam. E se empolgam. E aí vêm as agruras da super-qualificação, que é uma espécie do lado avesso do efeito pitico...

Vamos supor que, após uma duríssima competição com outros candidatos tão bem preparados quanto ela, a Fabiana conseguisse ser admitida como gestora de atendimento interno.. E um de seus primeiros clientes fosse o seu Borges, Gerente da Contabilidade.

Seu Borges: -- Fabiana, eu quero três cópias deste relatório.

Fabiana: -- In a hurry!

Seu Borges: -- Ãh??!!

Fabiana: -- Seu Borges, isso quer dizer "bem rapidinho". É que eu tenho fluência em inglês. Aliás , desculpe perguntar, mas por que a empresa exige fluência em inglês se aqui só se fala português?

Seu Borges: -- E eu sei lá? Dá para você tirar logo as cópias?

Fabiana: -- O senhor não prefere que eu digitalize o relatório? Porque eu tenho profundos conhecimentos de informática.

Seu Borges: -- Não, não.. Cópias normais mesmo.

Fabiana: -- Certo. Mas eu não poderia deixar de mencionar minha criatividade. Eu já comecei a desenvolver um projeto pessoal visando eliminar 30% das cópias que tiramos.

Seu Borges: -- Fabiana, desse jeito não vai dar!

Fabiana: -- E eu não sei? Preciso urgentemente de uma auxiliar.

Seu Borges: -- Como assim???

Fabiana: -- É que eu sou líder, e não tenho ninguém para liderar. E considero isso um desperdício do meu potencial energético.

Seu Borges: -- Olha, neste momento, eu só preciso das três cópias.

Fabiana: -- Com certeza. Mas antes vamos discutir meu futuro...

Seu Borges: -- Futuro? Que futuro?

Fabiana: -- É que eu sou ambiciosa. Já faz dois dias que eu estou aqui e ainda não aconteceu nada.

Seu Borges: -- Fabiana, eu estou aqui há 18 anos e também não me aconteceu nada!

Fabiana: -- Sei. Mas o senhor é hands on?

Seu Borges: -- Hã?

Fabiana: -- Hands on....Mão na massa.

Seu Borges: -- Claro que sou!

Fabiana: -- Então o senhor mesmo tira as cópias. E agora com licença que eu vou sair por aí explorando minhas potencialidades. Foi o que me prometeram quando eu fui contratada.

Então, o mercado de trabalho está ficando dividido em duas facções:

1 - Uma, cada vez maior, é a dos que não conseguem boas vagas porque não têm as qualificações requeridas.

2 - E o outro grupo, pequeno, mas crescente, é o dos que são admitidos porque possuem todas as competências exigidas nos anúncios, mas não poderão usar nem metade delas, porque, no fundo, a função não precisava delas.

Alguém ponderará - com justa razão - que a empresa está de olho no longo prazo: sendo portador de tantos talentos, o funcionário poderá ir sendo preparado para assumir responsabilidades cada vez maiores.

Em uma empresa em que trabalhei, nós caímos nessa armadilha. Admitimos um montão de gente superqualificada. E as conversas ficaram de tão alto nível que um visitante desavisado confundiria nossa salinha do café com a Fundação Alfred Nobel.

Pessoas superqualificadas não resolvem simples problemas!

Um dia um grupo de marketing e finanças foi visitar uma de nossas fábricas e no meio da estrada, a van da empresa pifou. Como isso foi antes do advento do milagre do celular, o jeito era confiar no especialista, o Cleto, motorista da van.

E aí todos descobriram que o Cleto falava inglês, tinha informática e energia e criatividade e estava fazendo pós-graduação..... só que não sabia nem abrir o capô.

Duas horas depois, quando o pessoal ainda estava tentando destrinchar o manual do proprietário, passou um sujeito de bicicleta. Para horror de todos, ele falava "nóis vai" e coisas do gênero. Mas, em 2 minutos, para espanto geral, botou a van para funcionar. Deram-lhe uns trocados, e ele foi embora feliz da vida.

Aquele ciclista anônimo era o protótipo do funcionário para quem as Empresas modernas torcem o nariz: O QUE É CAPAZ DE RESOLVER, MAS NÃO DE IMPRESSIONAR .

sábado, 1 de janeiro de 2011